quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

2010: uma odisséia no espaço II




Um leitor desse blog me lembrou, e está na página inicial da wikipedia de hoje, 7 de janeiro:

"1610 - Galileu Galilei observa pela primeira vez três das luas de Júpiter através de seu telescópio: Calisto, Europa e Io."

Ou seja, há quatrocentos anos, o tamanho do universo que conhecemos aumentou consideravelmente, graças à curiosidade de um homem que quis ver mais que os seus contemporâneos. Pois o telescópio já existia, não tendo sido inventado por Galileu. No entanto, foi ele o primeiro a apontar um telescópio para o céu (adivinha o que o pessoal fazia antes com telescópios...). E o que ele achou lá no céu trouxe muito mais riquezas para nós aqui na Terra do que qualquer outro uso prático do telescópio, já que foram riquezas que não enferrujam, nem podem ser roubadas por ladrões...

E, é claro que, em retribuição aos seus serviços, Galileu foi condenado pela então poderosa Igreja Católica, por divulgar heresias. Hoje, as luas que Galileu descobriu são chamadas, em conjunto, de satélites galileanos, e podem ser vistas com certo destaque em livros científicos, imagens de sondas e equipamentos da Nasa e em obras de ficção científica (como a que dá nome a essa postagem): sic transit gloria mundi. A Igreja? Tal como os homens, não creio que tenha mudado...

(imagem: as luas galileanas, numa montagem encontrada no site do Hubble; haverá vida nos oceanos de Europa?)

2 comentários:

Alcione Domingues disse...

Galileu foi brilhante, e como ele outros se destacaram, e é uma pena que a religião fundamentalista da época, tenha abafado outras mentes iguais e/ou melhores.

Dedalus disse...

Cara Alcione,

A religião, em todos os tempos, é apenas uma associação de pessoas que decidem seguir crenças e rituais comuns. Ou seja, o que abafou Galileu não foi exatamente a religião em si, mas homens (e mulheres) com pensamento conservador - e isso existe até hoje, dentro e fora da religião. Eu, que moro em SP, só vejo conservadorismo - e tenho pena, muita pena: "não sabem o que fazem".