quarta-feira, 31 de março de 2010

The Wall


E ontem, perdido na cama, sem sono, achei num canal da TV a cabo "Pink Floyd - The Wall". Eu já devo ter assistido um punhado de vezes, mas sempre me impressiono. Ontem, o que me chocou (positivamente) foi a masculinidade do filme, sua aparente misoginia, e sua sensibilidade. O autor, Roger Waters, devia estar muito mal na época...

De qualquer forma, o filme é uma brilhante combinação de sons e imagens aparentemente desconexas, mas que contam mais que uma história - o que há, a meu ver, é a transmissão de uma sensação de desencanto enorme. Pelo menos é o que eu leio em versos como
"I've got a strong urge to fly, But I got nowhere to fly to"
que eu acho das coisas mais belas - e tristes - já cantadas.

(imagem: Quer viajar? Escute Pink Floyd! A imagem que ilustra esta postagem é da wikipedia, de autoria de Tim Duncan)

The God particle

Quando eu era estudante de graduação, há uns 20 anos, eu li um livro bem engraçadinho sobre o trabalho do pessoal da área de física de partículas, escrito (ou co-escrito) por um dos Nobelistas da área. O título do livro era "The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the Question?", e seu autor era o físico Leon Lederman.

Pois bem, eis que ontem se inaugurou a mais recente versão de um super acelerador de partículas, e a imprensa toda - leiga - está maravilhada com o fato. Como eu convivo com essa história há bastante tempo, não vejo nada tão espetacular no assunto, mas não me custa citar a reportagem do famigerado Jornal Nacional, que (bem no final) cita as instituições brasileiras que fazem parte do experimento.


Como bem apontado por um blog que eu costumo acompanhar, há um bocado de conceitos desvirtuados nessa reportagem - e acho que o mais engraçado deles é a pronúncia, completamente equivocada, pelo correspondente internacional, da palavra bóson, que o jornalista fala como "bósson" (ao invés de "bózon")...

Enfim, ciência para ser notícia aqui nas nossas paragens tem que estar ligada ou à saúde ou a algo espalhafatoso ou a catástrofes ou a máquinas gigantes ou... Eu não me esqueço que assistindo, um dia, na TV a cabo, à Deutsche Welle (TV alemã), fiquei maravilhado por eles estarem discutindo nada mais nada menos que um novo padrão para o metro...

domingo, 28 de março de 2010

As horas


Hoje, como parece que faço todos os domingos desde o início dos tempos, fui à casa de meus pais almoçar. O cardápio era macarrão e frango. Cumpri minha obrigação social e voltei para casa, para continuar mais um dia formado por mais um amontoado de horas que empurro com a barriga. Sozinho, dormi.

Ao acordar com os fogos de artifício da vizinhança corintiana, fui zapear na TV, onde fui atraído pelo filme "As horas", que eu não conhecia. A musicalidade e, especialmente, a feminilidade dele me surpreenderam.

Foi assim que vim para a internet, para pesquisar mais sobre ele, e descobri duas coisas. Primeiro, não reconheci mesmo Nicole Kidman. Segundo, fiquei sabendo só agora que, em 28 de março de 1941, quase 70 anos atrás, a escritora Virginia Woolf se suicidou. Eu conhecia a história, só não sabia da data, pois além do nome Stephen Dedalus, que empresto de James Joyce, eu também assino outros textos com um nome de um personagem de Virginia Woolf (e já escrevi sobre ela aqui).

Enfim, a cena final do filme, com Nicole Kidman/Virginia Woolf sendo cercada pelo rio, quase me fez chorar. Quase, pois machões não choram, e eu tenho ainda uma festa de aniversário infantil para ir. Outro dia, talvez, eu possa apreciar melhor esse desfecho.

(imagem: o alegre quadro "As horas", de Francesco Bartolozzi, do final do século XVIII)

sábado, 27 de março de 2010

Venus transiens


De um blog bem feminino:
Amor... Sou feita de alma e luz.
O corpo é só pra embalar.
Pra não me dispersar.
Eu, embora com uma mudança de gênero, queria ter escrito isso...

(imagem: Safo, poetisa grega, em pintura de Gustav Klimt; em minha primeira página de internet, feita lá por volta de 1994, eu tinha um poema de Amy Lowell, que eu também gostaria de ter escrito, e de onde saiu o título desta postagem)

Asas do desejo


Um grupo de amigos meus está querendo fazer umas pequenas sessões de cinema, com panfletos informativos distribuídos aos participantes. No primeiro "rascunho" que me mostraram, com a proposta de "Der Himmel über Berlin", quase perdi a fala: eu, antes de assinar como Stephen Dedalus, escrevia para mim mesmo com o pseudônimo de Bruno Ganz. Acho que eu queria mesmo, mais do que ter asas, é poder viver o papel de um anjo que pode escolher cair por força do coração. Pena que hoje eu me encontre assim, "faraway, so close"...

O visconde partido ao meio


Como animal bilateral que sou, eu devia ter um eixo central ao redor do qual minha vida se construiu: eu achava que o conhecia, mas hoje não sei mais.

Me sinto dividido, estirado entre duas direções, misto mal formado de C. elegans e H. sapiens, cada lado querendo uma coisa, sem possibilidade de acordo. E se é verdade que "toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá", como poderei eu viver?

Angústia, vinda de asas do desejo: eu quero voar, mas não tenho em meu genes a lição de como lutar contra a gravidade e suas intensas forças de maré...

(imagem: o cometa Shoemaker-Levy 9, despedaçado antes de atingir Júpiter)

...some animals are more equal than others


Navegando na internet encontrei, passando pelo blog de um amigo meu, um blog chamado "Evolução de Metazoa". Como não sou biólogo, fui à wikipedia para saber do se tratava:
Os metazoários (do latim científico Metazoa) constituem um sub-reino que inclui todas as espécies animais de formas multicelulares caracterizadas por um sistema digestivo e camadas separadas de células que são diferenciadas em vários tecidos.
Então me lembrei de algo que li por esses dias num livro de divulgação científica ("Planetas solitários", de David Grinspoon - a citação a seguir está na página 167 da minha edição, que é de 2005):
O próximo grande avanço na montagem da vida na Terra ocorreu quando muitas células eucarióticas se juntaram para formarem indivíduos multicelulares, ou metazoários (vida grande).
Para mim, que sou leigo nessas coisas, parece haver um problema aqui: uma árvore, que me parece ser um grande organismo vivo multicelular (ou seja, é vida grande), não me parece ser um metazoário. Eu não estou entendendo alguma coisa? Alguém da biologia, pelamordedeus, me socorra!

(imagem: imagem que, na versão francesa da wikipedia, ilustra o verbete "Metazoa"; o título dessa postagem é parte do título de um artigo científico, mas no fundo é uma citação à "Revolução dos Bichos", de George Orwell)

quinta-feira, 25 de março de 2010

A democracia na América


Acordei muito, muito deprimido hoje. Na verdade, desde ontem estou assim. Na verdade, desde... Não importa.

O que importa é que, como membro da administração da universidade em que trabalho, eu tenho hoje o privilégio de poder participar de uma reunião onde será discutido um documento que regulamenta a organização da universidade. As propostas apresentadas - por enquanto três versões - não prevêem nenhuma instância de democracia direta. Tudo - tudo mesmo - se baseia em representações: a massa elege representantes para isso, para aquilo, para aquilo outro e pronto. Não há um único espaço, além das eleições, para o "cara" comum se manifestar.

As propostas, do jeito que estão, vieram de meus colegas. E eu, que acredito em participação, me sinto um nada. Como sempre, a "democracia" burguesa ganhou e está rindo da minha ingenuidade, enquanto enterra meu idealismo.

Eu não tenho onde berrar, por isso berro aqui, neste silencioso espaço...

(imagem: Alexis de Tocqueville, autor do livro que forneceu o título dessa postagem)

domingo, 21 de março de 2010

A ditadura escancarada


E já que na postagem anterior falei de diferenças de gênero, e estamos em ano eleitoral, não me custa falar que me enche o saco ver o predomínio do homem branco de classe média na política - não que as mulheres venham necessariamente a fazer algo melhor, mas seria bom tentar mudanças.

Há, no Brasil, um partido que, para mim, representa o homem branco de classe média, e eu tenho certa ojeriza desse pessoal - não deles, exatamente, mas do que eles representam: empresários, latifundiários, comerciantes, e toda uma penca de engravatados carecas que governam o mundo desde que o mundo é mundo, e que não tem feito um trabalho brilhante, a não ser para eles mesmos e suas famílias...

Não, eu não apoio esse ou aquele candidato ou partido, mas posso rejeitar essa ou aquela idéia. E eu rejeito a ditadura, de fato ou ideológica: eu sonho com uma maior participação - feminina, e de todas as pessoas, de todas as classes...

(imagem: foto de Harry Shearer que, segundo a wikipédia, fez a voz de Montgomery Burns, personagem d"Os Simpsons", baseado em Lionel Barrymore e Ronald Reagan - tem esse outro link aqui, que é interessante; o título desta postagem se refere a um livro do jornalista Elio Gaspari, sobre a ditadura militar brasileira - quem hoje representa a descendência dessa ditadura, que era, acima de tudo, conservadora e anticomunista?)

O paradoxo sexual


Como professor universitário que sou, participo de dois programas de pós-graduação - física e ensino de ciências. No grupo da física, há uns 30 ou 40 docentes cadastrados, sendo que apenas três são mulheres. No grupo de ensino somos algo entre 15 e 20 pessoas (na última reunião éramos 16) e pelo menos dez são mulheres.

Isso é algo que me assusta, há muito tempo: as mulheres, de uma forma geral, não gostam de física como eu gosto. Isso parece significar que são pequenas as chances de existir uma mulher que queira saber, como eu quero, com a disposição e dedicação que eu tenho, como o mundo funciona.

Culpa da biologia, culpa da cultura, tanto faz: há diferenças de gênero. E eu sinto muito por elas existirem: só nos afastam. Eu preferiria que existisse uma coisa só, chamada de alma humana, sem gênero, só intelecto e emoção, sem preferências ou influências sexuais. Mas tudo isso parece ser bobagem: o que há somos nós, animais que pensam que pensam, presos a hormônios e regras sociais, e o resto é ilusão.

Torço para que eu esteja errado, e eu possa escolher, numa próxima encarnação, nascer mulher, ou golfinho: eu gostaria de saber como é ser diferente de quem eu sou.

(imagem: detalhe de imagem presente na sonda Pioneer, indicando quem somos nós; o título dessa postagem faz referência ao livro de uma escritora canadense, Susan Pinker, irmã de um cara famoso...)

sábado, 20 de março de 2010

Lições de economia política


Eu acho que gosto de ser professor. Pelo menos dediquei minha vida à educação, a minha e a de outros, já que hoje (e não só de hoje) tenho alunos, pelos quais me sinto muito responsável. Naturalmente, gasto parte considerável do meu salário e do meu tempo estudando, pesquisando, consumindo cultura, etc, etc, etc.

Fico imaginando o que eu faria se fosse secretário ou ministro da educação: certamente eu não iria abrir uma loja de roupas ou uma enoteca, por exemplo - uma livraria talvez, mas uma enoteca? O que uma enoteca tem a ver com educação? O que uma pessoa dedicada à educação faria numa enoteca (especialmente quando se conhece o salário de um professor)?

É, certamente eu não sou uma pessoa refinada, e por isso mesmo nunca chegarei a ser nada... E me assusta - muito - olhar os políticos que me cercam.

(imagem: "in vino veritas" - para ser mais explícito, essa postagem "repercute" as escolhas de um político atual, que, segundo se noticia, é sócio de uma enoteca chiquérrima e milionária, enquanto cuida da educação pública...)

domingo, 14 de março de 2010

General relativity


Quem olha para o Sol geralmente não se preocupa com saber como ele funciona. Ele funciona, oras bolas! Do mesmo modo, a maioria das pessoas simplesmente aceita o fato de que as coisas caem no chão. Na verdade, durante muito tempo se aceitou a idéia de que as coisas caíam no chão por o chão ser o lugar natural delas...

O entendimento do universo pela humanidade avançou um pouco além disso: hoje sabemos que a massa da Terra, através de algo chamado gravidade, distorce o espaço, de modo que o caminho mais fácil para a maioria dos corpos ao redor da Terra seja dirigido para o centro da Terra. A gravidade é isso: ação da matéria sobre o espaço.

A gravidade está presente no Sol também. É por conta dela que um número absurdamente enorme de átomos de hidrogênio se uniu numa esfera gigantesca, tão apertadinhos que, no centro da esfera, a pressão é capaz de fundir dois deles num outro átomo diferente, o hélio, com um bocado de calor sendo produzido nesse processo. O Sol é um esmagador de átomos de hidrogênio, e como subprodutos dessa atividade surgem átomos de hélio e energia...

Como será a gravidade dentro da Terra ou dentro do Sol? Fora, é mais ou menos fácil de saber: basta acompanhar a trajetória dos corpos que são atraídos pelo Terra ou pelo Sol. Mas e lá dentro? Há uma teoria que, ao menos em tese, como primeira aproximação, permitiria imaginar como a gravidade se comporta dentro dos corpos: é a relatividade geral. No entanto...

As equações da relatividade geral para o interior de corpos esféricos são bastante complicadas. Desde 1916 se sabe resolver bem a gravidade fora desses corpos, mas, passados quase cem anos, a quantidade de modelos matemáticos que poderia representar, na relatividade geral, corpos como o Sol ou outras estrelas é pequena, menos de uma dúzia.

Esse é um campo de estudo quase abandonado hoje, o da obtenção de soluções exatas da relatividade geral.  Em geral, é difícil obter soluções exatas interessantes. É muitíssimo mais fácil ter uma idéia mais ou menos vaga sobre o assunto, e transformar essa idéia num gráfico feito por métodos computacionais a partir das equações da relatividade geral. É o que se chama de solução numérica do problema, e é uma abordagem bastante válida, mas incompleta: no fim, o que se fica sabendo é mais ou menos como as coisas funcionam - o ideal seria ter modelos mais completos.

Hoje, na era dos computadores (não é ruim que essa seja a era dos computadores, não: eu estou escrevendo esse texto online, num deles...), parece um absurdo alguém se preocupar com cálculos matemáticos. É muito mais rápido e fácil - e menos frustrante - pedir que um computador faça o trabalho; afinal, eles foram feitos para isso. No entanto, eu acho divertido procurar soluções matemáticas para problemas físicos: é como buscar saber qual tipo de peça se encaixa num buraco que não se vê direito - será um quadrado, um círculo, ou outra coisa?

Brincadeira de criança, sim. Ou talvez um jogo de palavras cruzadas ou um sudoku mais sofisticado. Tanto faz: para mim, o importante é brincar. Eu, por exemplo, brinco de ser um soldado da tropa do "general" relatividade...

(imagem: o Sol, visto pela câmera de raios X do satélite Yohkoh)

Brincar, jogar, cantar e contar


Quase todo mundo já deve ter visto crianças brincando de casinha. O que pouca gente se dá conta é que a brincadeira continua vida adulta afora, muitas vezes. E o interessante do amor é isso: é um faz-de-conta que funciona muito bem se compartilhado...

(imagem: detalhe de quadro do holandês Peter Brueghel)

Caos


Nunca ninguém me disse: "seu desejo é uma ordem!" Nem poderia: meu desejo é desordem...

(imagem: um fractal)

sábado, 13 de março de 2010

O que é ciência, afinal?


Um amigo meu, que é um cientista de verdade, tem um blog, onde escreve alguns textos bem interessantes. No último que li, o parágrafo de encerramento, depois de uma longa argumentação, era
"Somos todos humanos. Dessa forma, criamos deuses, milagres e lugares inatingíveis pra aplacar um pouquinho da nossa insignificância."
Não pude deixar de notar que ele deixou de fora a maior das invencionices humanas, que prefiro não nomear. Só vou lembrar de um diálogo num filme, "Contato", baseado numa estória de Carl Sagan (agradeço ao imdb):
[Ellie desafia Palmer a provar a existência de Deus]
Palmer Joss: Você amava seu pai?
Ellie Arroway: O quê?
Palmer Joss: Seu pai. Você o amava?
Ellie Arroway: Sim, muito.
Palmer Joss: Prove.
Invenções intelectuais, há muitas, e nós acreditamos nelas, para não nos sentirmos tão pequenos. Eu, por exemplo, só consigo viver por amar a ciência. Dá para ser de outro jeito?

(imagem: detalhe de um quadro de Ângelo Bronzino, "Alegoria do triunfo de Vênus")

Poemas


Todos os dias almoço com meus companheiros de trabalho, quase sempre todos homens. E sinto, ouvindo as conversas, que eu não valho a comida que como. Então, como menos, a cada dia.

Do que eles falam? Do que os homens devem falar desde que o mundo é mundo, desde que a fala foi inventada: contam piadas, falam de mulheres, do trabalho, de "coisas". Eu sigo o ritmo, e faço o mesmo, mas sinto.

Sinto muito: eu não queria falar dessas coisas, eu não queria almoçar, nem jantar. Eu queria apenas fazer poesia o tempo todo, e desaparecer no fim do dia, preenchendo o céu de cores: eu queria ser o pôr-do-sol.

(imagem: túmulo do poeta francês Jacques Prévert, que escreveu "L'âne le roi et moi Nous serons mortes demain L'âne de faim Le roi d'ennui Et moi d'amour" [O burro o rei e eu Estaremos mortos amanhã O burro de fome O rei de tédio E eu de amor]; eu acho que morro dos três...)

Sobre homens e montanhas


No alto da minha alma há nuvens, e gelo. Além, um solitário sol eterno.

(imagem: o monte Etna, palco do que, segundo a wikipédia, foi a primeira escalada registrada em tempos modernos, feita pelo imperador Adriano, por volta do ano 120; a escalada teve como objetivo "testemunhar o Sol nascer", como se pode ler em "Hadrian", de Stewart Perowne, disponível no Google Books...)

quarta-feira, 10 de março de 2010

O sol do Brasil


Há milhões de motivos para se gostar de São Paulo. Por pura falta do que fazer, decidi listar alguns:
  • o rio Tietê, que demonstra o carinho que os paulistanos têm pela natureza;
  • a natureza exuberante na cidade;
  • a beleza intrínseca de regiões como a Zona Leste;
  • personalidades vibrantes, como Paulo Maluf - que é a cara do paulistano;
  • os parques, bibliotecas e museus, espalhados pela cidade toda;
  • o transporte público de qualidade, com destaque para o metrô, que dá de dez a zero no de qualquer grande cidade do mundo;
  • o trânsito da cidade, sempre fluindo, sempre civilizado;
  • os motoboys (quem poderia esquecer deles? são um atrativo à parte);
  • o clima, com chuvas, frio e calor sempre nas quantidades certas;
  • o céu noturno, inacreditável;
  • os horizontes - em qualquer ponto da cidade a vista é deslumbrante;
  • a sensação de segurança, especialmente à noite;
  • as marginais - duvido que alguma outra cidade tenha obras viárias tão belas e sofisticadas;
  • a Cidade Universitária, centro de convivência de pessoas das mais diferentes classes sociais;
  • a imprensa local, cosmopolita e imparcial;
  • o caldo cultural e intelectual da cidade, que produziu diversos ganhadores do Prêmio Nobel;
  • as ciclovias, que fazem ter vontade de só se andar de bicicleta;
  • o ar puro;
  • a culinária da cidade, com restaurantes todos de ótima qualidade e acessíveis a todos os bolsos;
  • a humildade dos paulistanos, que não se consideram acima de ninguém;
  • os cinemas, super bem distribuídos pela cidade;
  • a distribuição de renda na cidade;
  • os aluguéis, dentre os menores do Brasil;
  • o respeito pelos cidadãos mais humildes, demonstrado, por exemplo, por Boris Casoy, apresentador da paulistana TV Bandeirantes. 
Eu poderia continuar essa lista, mas é inútil: São Paulo é mais que isso, é uma cidade que simplesmente não dá para não se amar - é o sol do Brasil...

(imagem: um Brasil ideal?)