Hoje, vampiros são atraentes, com as mocinhas aprendendo no cinema que é emocionante se apaixonar por eles, e zumbis são cults, mas nem sempre foi assim. Eu vim de um mundo em que, quando criança, eu tinha pesadelos com vampiros e outras criaturas das trevas, que em meus sonhos me perseguiam para que eu fosse ou como eles ou fosse devorado por eles.
É, muito mudou: hoje vampiros e zumbis estão, entre outros lugares além das telas, nas direções de empresas públicas e privadas e nos governos, e, é claro, na ciência - em cada lugar desses se sobressaem os que não tem alma ou cérebro... Ai de quem não estiver com eles - serão apenas aberrações ou alimento.
Enfim, dava para ilustrar essa postagem com uma música, "We suck young blood", do Radiohead, mas é uma música meio deprê; fica a letra.
"Are you hungry?
are you sick?
are you begging for a break?
are you sweet?
are you fresh?
are you strung up by the wrists?
we want the young blood"
Só por precaução almocei macarrão com um bocado de alho...
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8 comentários:
Desculpe, Dedalus, sei que o conteúdo do seu post é sério, mas não podia deixar de comentar a coincidência, pois desde que me mudei pra Lisboa tenho sido acometida por pesadelos com vampiros! Sei que é ridículo, mas acordo a noite apavorada depois de uma sequência de perseguição em sonho de matar! Como você disse, ou viro um deles ou sirvo de alimento, de qq maneira, acordo antes. Acho que é a atmosfera de "tudo aqui é tão antigo" e os tipos pálidos. Sobre o post, não sei se o alho do macarrão será suficiente. Ser vampiro pode ser doce...
Cara Ana Paula,
Ah, ah! Você conscientemente pode até aceitar que vampiros podem ser doces, mas no seu inconsciente não acha isso mesmo, senão não tinha pesadelos com eles! No mais, acho que eu e você somos da mesma geração, onde romances não aconteciam entre vampiros e donzelas: vampiros eram mesmo fonte de pesadelos, não de sonhos juvenis adocicados. Mas, de qualquer modo, pode ser que existam vampiros escondidos em casarões de Lisboa: todo cuidado é pouco!
Um abraço!
Acho que esse filme: "Crepúsculo" é uma simples metáfora da juventude. Qual jovem não se apaixonou por um "vampiro"? Só os pais percebem isso...o(a) apaixonado(a), não..
Ruth
Viver jovem para sempre não te parece doce? E belo, e vigoroso, é poderoso????? A mim me parece...
Cara Ruth,
Concordo contigo em parte: o filme "Crepúsculo" parece mesmo uma metáfora, uma fábula, ensinando que pode ser legal uma moça namorar um cara (muito) mais velho, ou mesmo alguém aparentemente perigoso... Passa até por uma espécie de endeusamento dos "outsiders" que agrada muito às mulheres (já li até texto científico sobre isso: u haveria um instinto que leva as fêmeas a buscarem genes diferentes daqueles do grupo ao qual ela pertence) e, é claro, aos "outsiders".
Cara Ana Paula,
Desculpa, mas eu não quero viver para sempre: eu não creio que eu seja belo ou vigoroso e sei que não sou poderoso, e viver assim, como eu sou, com essas deficiências pela eternidade, seria um suplício eterno. Quanto a ser jovem para sempre, sei não: isso implica em ter espinhas eternamente, não é?
Um abraço!
Somos diferentes.
quando era mais guri, filmes de vampiros, lobisomens eram para "nerds", mas hoje em dia é mais pão e circo para as massas, ... quando iria imaginar uma menina bonita como aquela fazendo par com um vampiro bonitao que tem pena dos humanos? pena deles, de viverem para sempre o eterno retorno nietzschiano aqui na Terra azulada...
abraço do amigos de Wigner,
Poeta Dedalus
Cara Ana Paula,
Todas as pessoas são, ao mesmo tempo, diferentes e iguais - e eu dou graças a Deus por isso: um mundo só de iguais seria muito tedioso e um mundo só de diferentes seria impossível...
Caro L. Felipe A.,
Hoje, tudo é transformado em pão em circo para as massas se der lucro para alguém. E as pessoas são "convidadas" a se tornarem massa...
Um abraço!
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