terça-feira, 4 de setembro de 2007

A morte em Veneza

Eu estive em Veneza, há muito tempo... Eu era jovem e muita coisa parecia possível. Fui ao palácio do Doge, andei entre os pombos na praça San Marco, passeei de 'vaporetto' para cima e para baixo, vi igrejas e pinturas, e fugi da overdose de cultura, indo à praia, no Lido.

Veneza é uma cidade charmosa, não há como negar. Mas não é pelas construções e pelas pinturas e palácios e museus. Não. O charme de Veneza é a presença ubíqua do mar, o mar que está em toda parte, o mar que tanto me faz falta agora, tão distante dessa cidade de ar e águas sujas em que hoje me encontro.

Se eu pudesse iria para lá hoje, em férias, só para permitir que o "êxtase do mar e do brilho do sol" despertassem em mim uma sensação que só é causada pela beleza, a sensação de se estar vivo, com o cuidado de não me embriagar demais...

(imagem: Entardecer em Veneza, Claude Monet)

2 comentários:

KNX disse...

O Mar....

Realmente faz diferença. Vc não sabe quanto fico dividido nesse dilema:

Será que fui corajoso em viver (e pagar um aluguel dos olhos da cara) perto do mar?

Ou será que fui um covarde (escapista) de não morar perto do trabalho, lá pelos lados da Av. do Estado?

Quando vim para São Vicente eu me dizia: "Observar o mar vai lhe dar sua real dimensão, ou seja, vc verá que é nada perto da beleza do mundo." É uma verdade absoluta! Ma so poreço a pagar é perder mais ou menos 4 horas por dia na Anchieta. E aí? Srá que vale a pena?

RK

Dedalus disse...

Caro Renato,

Eu tenho o mar em meus sonhos e o trabalho em meus pesadelos - literalmente. E não devia ser assim. Mas um dia eu crio meus filhos e me mudo para o mar, onde vou viver com os golfinhos... Viver vendo as ondas vale a pena!

Um abraço!