quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
O idiota da família
O que resta a quem se descobre um idiota?
E não, minha descoberta não é de hoje.
Mas hoje, dentre as mil palestras do dia, surgiram as perguntas “existem novas formas de matéria?” e “existem outras dimensões espaciais?” E, não, eu não tenho respostas para isso.
Não, não é de hoje, mesmo: a vida inteira eu nunca soube encarar os olhos da moça que eu considerava a mais bela dentre todas, nem soube buscar o que eu mais queria... Foi assim que acabei aqui, idiota como sempre, só que mais velho, ainda sem respostas e, mesmo assim, escrevendo.
Mais não sei.
(imagem: manuscrito medieval, do poema Balada para Rosemunda, de Geoffrey Chaucer)
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