quinta-feira, 22 de maio de 2008

Moby Dick

Andando pela praia, na Ilha do Cardoso, nos deparamos com uma ossada, meio enterrada. Seu Romeu, autor de um dicionário de caiçarês, me explica que são os restos de uma baleia.

A primeira vez que eu, criatura urbana, tive uma exata noção do tamanho de uma baleia, foi num museu de história natural em Londres, onde o modelo de um monstro desses, de metros e metros, enche uma sala em que se encontravam outros mamíferos, comigo, minúsculo, entre eles.

Foi nesse mesmo museu que vi centenas de ossadas de seres gigantes que não existem mais, com destaque para um dinossauro num "hall", cenário tão belo que serviu até mesmo para um videoclipe dos "Chemical Brothers"...



Ossos: a grandeza da natureza nos assombra, como Moby Dick assombrava os dias do pobre Capitão Ahab, e ainda assim, no final, tudo se resume a alguns ossos, por sobre os quais a vida, provavelmente, continuará, indiferente como o oceano...



(imagens: os ossos da minha baleia, e a sala dos mamíferos no Museu de História Natural de Londres, onde há uma bela estátua de Darwin)

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