sábado, 11 de outubro de 2008

A marcha dos pingüins


Um pingüim solitário, ao descobrir-se apaixonado, sente que derrete o gelo aos seus pés.

Rejeitado, ele sente o gelo é no coração. Com uma pedra no peito, se atira ao mar - e alcança as costas tropicais do Brasil... De onde lhe mandam embora, num vôo fretado.

Ah! Pingüim ou não, a marcha é longa, o clima - o mundo - é cruel, e o amor nem sempre ajuda.

Eu, de tanto andar, tenho calos. De tanto amar, tenho medo. E, ainda assim, ando amando.

(imagem: pingüins, em foto de Martin Walls)

Nenhum comentário: