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Li, num quadro explicativo de uma exposição do MASP, que Kant teria dito que tudo são coisas. Que eu seja uma coisa, tudo bem. Mas o que eu sinto, por exemplo, ao ler um poema é também uma coisa?
A profundidade dessa premissa me assusta: se tudo são coisas, creio que tudo pode ser trocado, vendido, comprado. E tudo pode ser valorado, comparado, "precificado" - onde estaria a coisa "eu" nessa escala de valores? Onde o meu amor?
Meu amor é meu fruto - e se a árvore não dá frutos que sejam saborosos ou rentáveis, não vale nada. Logo, acho que devo esperar a seca, o machado e o fogo.
(imagem: uma coisa)
3 comentários:
Dedalus,
Acho meio difícil que Kant tenha proposto esta reificação do mundo. O sujeito podeia ter citado a fonte.
Pelo contrário, ele era um idealista transcendental...
KNX
Caro knx,
Eu também fiquei muito na dúvida se Kant teria dito ou não tal coisa, e por isso isso mesmo falei que li que Kant teria dito isso... De qualquer modo, o que me assustou foi essa afirmação constar numa mostra do MASP - para os leigos, fica como uma coisa bastante verdadeira, já que teria sido escrita por um filósofo de primeira.
Um abraço!
É para isso que serve citação. Como o cara atribuiu, nada mais justo do que indicar.
Bom... mas Kant já disse muita besteira também. Nada mais me assusta :-)
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