Logo depois de escrever sobre a exposição de Einstein fui jantar, e só hoje voltei à internet, onde encontrei por puro acaso (num site que eu frequento sempre, dos Lablogatórios) o seguinte texto (aparentemente de autoria de John Barrow, e publicado na revista Nature):
"Einstein restaurou a fé na inintegilibilidade da ciência. Todo mundo sabia que Einstein tinha feito alguma coisa importante em 1905 (e novamente em 1915) mas quase ninguém poderia dizer exatamente o quê. Quando Einstein foi entrevistado para um jornal holandês em 1921, ele atribuiu seu apelo popular ao mistério do seu trabalho para as pessoas comuns..."Bem, acho que a exposição que eu vi apelava justamente para esse sentimento, o do cientista como um mago ou semi-deus que faz algo incompreensível - e maravilhoso - para os humanos. Ou seja, é como se a ciência fosse algo especial, que deve ficar distante das pessoas comuns, preparadas para lidar apenas com coisas mais simples. Eu não apoio essa visão: para mim, existem poucas coisas que deveriam ser importantes para todo ser humano - e uma delas, certamente, é a ciência.
Enfim, eu acho que a humanidade só teria a ganhar se as pessoas se interessassem por ciência tanto quanto por economia, futebol ou novelas. Mas é só a minha opinião, e acho que não consigo convencer nem meus alunos nem minha família disso...
(imagem: Hécate, deusa grega da magia, dos fantasmas e da feitiçaria)
2 comentários:
Como fazer a humanidade se interessar por ciência na mesma medida que se interessa por futebol é mue "objeto de estudo". Por enquanto, me recuso a acreditar que o ser humano prefira sempre caminhos mais curtos, mais fáceis, com prazeres mais instantâneos. Alguma coisa acontece que afasta o bicho curioso que somos (somos?) do processo do "descobrir" (no sentido de tentar entender). Só podia ser físco.
Cara Ana Paula,
O ser humano não prefere sempre caminhos mais curtos, mas a maioria dos seres humanos na maioria das vezes prefere caminhos mais fáceis e mais agradáveis. Na nossa cultura muita gente vê ciência como uma coisa chata que deve ser deixada para os nerds e os cientistas. Eu acho isso uma pena, mas acho que sou só um cientista nerd...
Um abraço!
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