quarta-feira, 25 de março de 2009

House of cards



Quando criança, eu quase não jogava bola. Na verdade, quase sempre eu brincava sozinho. Me lembro de passar horas construindo castelos de cartas imensos, magníficos, sofisticados, frágeis e delicados, que tomavam conta de meu quarto todo, subindo do chão à cama, com passagens pela cômoda, pelo armário...

Minha vida é isso até hoje, quatrocentos anos depois: sei pouco sobre fazer amigos e acho que me doutorei em fazer castelos de cartas. Portanto, mesmo sem querer, inconscientemente, acabo por sugerir a quem me encontra que esqueça seus castelos de cartas, que eu faço os meus - não quero a amizade de ninguém, quero mais, quero o impossível.

(imagem: um vídeo feito usando um construtor de castelos de cartas que costumamos chamar de computador)

2 comentários:

KNX disse...

Oi Dedalus,

"Vaidade das vaidades: tudo é vaidade".

Comecei a brincar de buscas no PRL. Descobri que o C. Lattes tem apenas dois papers, enquanto que alguns de nossos contemporâneos imediatos tem diversos.

Também observei que o número de colaborações aumentou (5, 6, ou mais autores ao longo das décadas). Não atentei aos acknowledgments, mas provavelmente estão decrescendo.

Você gostava de derrubar seus castelo de cartas? Que tal dar um piparote em "castelos de papers"?

A crise econômica veio do aumento indevido de crédito monetário. Qual será o destino da bolha de crédito simbólico?

KNX

KNX disse...

E a PRL sabe do que estou falando...

veja:

http://prl.aps.org/edannounce/PhysRevLett.102.060001

KNX