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Há uma guerra aí fora. Não uma, mas muitas, que, enfim são uma só, há séculos, com faces diferentes em diferentes lugares: tráfico de drogas e balas perdidas ali, manchetes e distorções acolá, manifestações de ódio e preconceito contra uma empregada doméstica (ah! mas ela foi confundida com uma prostituta...) em outro lugar - tudo é uma coisa só, cujo nome não sei dar.
De um lado, os bons, cheios de virtude e certezas e beleza e inteligência, e bom gosto, e de outro os maus, os feios, os incompetentes, os que só tem defeitos e vilania: simples, não é? "E você de que lado está?"
Meu vizinho morreu, mas como não rende muito explorar seu cadáver nessa guerra, ele não será nem sequer esquecido: sua morte trágica, brutal e sem sentido, foi ignorada, quase que por completo. Resta a quem o conheceu, como eu, lembrar.
Em minha mente ficam ecoando frases que ainda lembro dos anos de catecismo de minha infância: "Rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte." Amém!
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