Numa livraria, entre dezenas de prateleiras, encontrei perdido, numa edição bem pequena, em formato de um livrinho de uns poucos reais, "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury. É um livro de ficção científica, lançado em 1953, e essa edição, de 2009, traz na contracapa, como informação sobre o livro, apenas o seguinte trecho:
" - A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias e as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é o que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas?"Por pura coincidência, hoje de manhã li na seção de cartas da Folha de São Paulo, o seguinte texto, assinado por Oscar Hipólito, ex-diretor do IFSC-USP:
"A precariedade demonstrada por alunos do ensino fundamental, em recorrentes avaliações de português e matemática, mostra claramente que as medidas anunciadas ao longo de anos a fio, se foram ou estão sendo tomadas, não têm surtido efeito."E a cada dia que eu vou ao portal do Yahoo para ler meus e-mails, encontro notícias do Big Brother Brasil 10, ou notícias sobre futebol ou ...
Na página 136 de meu livrinho de uns poucos reais, há um diálogo curto:
"- Este programa não é sensacional? - gritou Mildred.(imagem: o futuro ... já chegou)
- Sensacional!"
3 comentários:
Incrível como eu também tinha refletido sobre isso depois de ler o livro. O filme também deixou imagens marcantes. Acho que essa é a definição de um clássico, atemporal.
Caro Luiz Bento,
Pena que a ficção científica seja considerada um tipo "menor" de literatura: ela muitas vezes adianta aspectos que nenhum outro gênero sequer vislumbra. Se der tempo, ainda hoje faço outra postagem sobre o assunto...
Um abraço!
Oi Dedalus,
Eu também tenho essa edição. Bom, mas Bradbury é clássico, não é menor não. Só que o filme é bem diferente do livro, pelo menos fiquei com essa impressão.
Abs, KNX.
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