segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fahrenheit 451 (2)


Numa livraria, entre dezenas de prateleiras, encontrei perdido, numa edição bem pequena, em formato de um livrinho de uns poucos reais, "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury. É um livro de ficção científica, lançado em 1953, e essa edição, de 2009, traz na contracapa, como informação sobre o livro, apenas o seguinte trecho:
" - A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias e as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é o que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas?"
Por pura coincidência, hoje de manhã li na seção de cartas da Folha de São Paulo, o seguinte texto, assinado por Oscar Hipólito, ex-diretor do IFSC-USP:
"A precariedade demonstrada por alunos do ensino fundamental, em recorrentes avaliações de português e matemática, mostra claramente que as medidas anunciadas ao longo de anos a fio, se foram ou estão sendo tomadas, não têm surtido efeito."
E a cada dia que eu vou ao portal do Yahoo para ler meus e-mails, encontro notícias do Big Brother Brasil 10, ou notícias sobre futebol ou ...

Na página 136 de meu livrinho de uns poucos reais, há um diálogo curto:
"- Este programa não é sensacional? - gritou Mildred.
- Sensacional!"
(imagem: o futuro ... já chegou)

3 comentários:

Luiz Bento disse...

Incrível como eu também tinha refletido sobre isso depois de ler o livro. O filme também deixou imagens marcantes. Acho que essa é a definição de um clássico, atemporal.

Dedalus disse...

Caro Luiz Bento,

Pena que a ficção científica seja considerada um tipo "menor" de literatura: ela muitas vezes adianta aspectos que nenhum outro gênero sequer vislumbra. Se der tempo, ainda hoje faço outra postagem sobre o assunto...

Um abraço!

Anônimo disse...

Oi Dedalus,

Eu também tenho essa edição. Bom, mas Bradbury é clássico, não é menor não. Só que o filme é bem diferente do livro, pelo menos fiquei com essa impressão.

Abs, KNX.