quinta-feira, 25 de março de 2010
A democracia na América
Acordei muito, muito deprimido hoje. Na verdade, desde ontem estou assim. Na verdade, desde... Não importa.
O que importa é que, como membro da administração da universidade em que trabalho, eu tenho hoje o privilégio de poder participar de uma reunião onde será discutido um documento que regulamenta a organização da universidade. As propostas apresentadas - por enquanto três versões - não prevêem nenhuma instância de democracia direta. Tudo - tudo mesmo - se baseia em representações: a massa elege representantes para isso, para aquilo, para aquilo outro e pronto. Não há um único espaço, além das eleições, para o "cara" comum se manifestar.
As propostas, do jeito que estão, vieram de meus colegas. E eu, que acredito em participação, me sinto um nada. Como sempre, a "democracia" burguesa ganhou e está rindo da minha ingenuidade, enquanto enterra meu idealismo.
Eu não tenho onde berrar, por isso berro aqui, neste silencioso espaço...
(imagem: Alexis de Tocqueville, autor do livro que forneceu o título dessa postagem)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Na última vez q me senti assim e q escrevi um texto sobre o assunto, levei o texto para a reunião e preguei-o na parede. Não sei se resolveu alguma coisa, mas eu me senti melhor.
Caro Ulisses,
Estou mesmo tentado a seguir seu exemplo: obrigado!
Um abraço!
Oi Dedalus,
Já leu a "Desobediência Civil" de Thoureau? Esse cara era democrata pra valer.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_David_Thoreau
Sadações, KNX.
Caro KNX,
De Thoreau o que eu conheço é Walden, que inspirou Skinner a escrever Walden II...
Um abraço!
Postar um comentário