Quando eu era estudante de graduação, há uns 20 anos, eu li um livro bem engraçadinho sobre o trabalho do pessoal da área de física de partículas, escrito (ou co-escrito) por um dos Nobelistas da área. O título do livro era "The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the Question?", e seu autor era o físico Leon Lederman.
Pois bem, eis que ontem se inaugurou a mais recente versão de um super acelerador de partículas, e a imprensa toda - leiga - está maravilhada com o fato. Como eu convivo com essa história há bastante tempo, não vejo nada tão espetacular no assunto, mas não me custa citar a reportagem do famigerado Jornal Nacional, que (bem no final) cita as instituições brasileiras que fazem parte do experimento.
Como bem apontado por um blog que eu costumo acompanhar, há um bocado de conceitos desvirtuados nessa reportagem - e acho que o mais engraçado deles é a pronúncia, completamente equivocada, pelo correspondente internacional, da palavra bóson, que o jornalista fala como "bósson" (ao invés de "bózon")...
Enfim, ciência para ser notícia aqui nas nossas paragens tem que estar ligada ou à saúde ou a algo espalhafatoso ou a catástrofes ou a máquinas gigantes ou... Eu não me esqueço que assistindo, um dia, na TV a cabo, à Deutsche Welle (TV alemã), fiquei maravilhado por eles estarem discutindo nada mais nada menos que um novo padrão para o metro...
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