domingo, 1 de julho de 2007

Alberto Caeiro

Uma amiga me pediu para falar de minhas viagens. Fiquei relutante, não por não ter o que falar, mas por imaginar que o que quer que eu falasse pareceria, para ela, absurdo. Tive medo de assustá-la.

Bem, eu fui à Europa: Paris, Londres, Roma, Veneza, Florença... Detestei Paris quase tanto quanto os parisienses pareceram me detestar, e amei Barra do Garças, no interior do Mato Grosso. No dia de um jogo da seleção brasileira - acho que era Brasil e Japão - fui buscar algo numa lanchonete às margens do rio, próximo ao centro da cidade, e vi, dançando graciosamente, um boto solitário.

Não, o Sena não tem tanta graça quanto o Araguaia, em que molhei os meus pés.
Simples assim, e em outras palavras:
"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia".

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Sandro,
Nunca ouvi ou li comentários tão apaixonados sobre o rio Araguaia e Barra do Garças, talvez você merecesse o título de cidadão barragarcense, além do mais, na forma de uma poesia. Achei lindo.
Abraços
Adellane