Há eventos que parecem desconexos até que um deles feche o ciclo e exiba os vínculos.
Ontem, vi no programa de tv "Fantástico" uma propaganda, disfarçada de reportagem, da vinda do grupo The Police ao Brasil. Mas antes, pela manhã, na casa dos meus pais li, no Estadão, a crítica de um filme, "A questão humana", que me chamou muito a atenção. Um resumo bastante interessante da idéia central do filme aparece no jornal francês Liberátion:
"Adapté du livre éponyme de François Emmanuel, la Question humaine propose une thèse violente : le libéralisme contemporain est l'enfant, génétique et généalogique, du nazisme."
(Adaptado do livro de mesmo nome de François Emmanuel, A Questão Humana propõe uma tese violenta: o liberalismo contemporâneo é o filho, genético e genealógico, do nazismo.)
E eu senti isso, em meus sonhos, muito antes de saber da existência do filme...
Mas o que o trio The Police tem a ver com isso? Bem, eu sempre pensei que era um quase que total solitário em meus pensamentos e sensações, uma espécie de náufrago no oceano humano, que põe mensagens em uma garrafa. Só que, para meu espanto, não estou tão só assim: eis que
"Walked out this morning, dont believe what I saw
Hundred billion bottles washed up on the shore
Seems Im not alone at being alone
Hundred billion castaways, looking for a home"
(Caminhando esta manhã, não acreditei no que vi
Uma centena de bilhões de garrafas trazidas pela maré
Parece que não estou tão só em estar só
Uma centena de bilhões de náufragos, buscando um lar)
O trecho acima é da música "Message in a bottle", e este blog é isso, uma garrafa cheia de mensagens, minhas idéias, náufragas solitárias que buscam por um lar. Ao ver a reportagem do Fantástico, no final do domingo, a analogia e a música apareceram instantaneamente em minha mente.
E nessa sequência o que me assustou mesmo foi a sincronicidade de meus sonhos com a exibição do filme em São Paulo e disso tudo com a música do The Police, que tem um disco famoso chamado "Synchronicity"...
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