quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O que é filosofia


Em Lindóia, na semana passada, me vi apenas em outra cidade, em outro congresso científico, onde a minha inutilidade transparece: eu não devia estar aqui. Meu trabalho é vazio, não tenho nada a acrescentar a esse mundo.

Daqui a poucos anos, daqui a um dia, acabarei tendo o destino igual ao da teoria dos laços de éter ou do calórico: eu, como essas teorias, não explico nada.

E afinal para que serve um homem? É só isso que sou, mais um homem numa multidão deles, criando palavras e teorias onde já há uma multidão delas. Melhor seria para todos, especialmente eu, se eu fosse um passarinho, como os pardais simplórios de minha rua, que não sabem teorizar, mas vivem, por entre os homens e por entre as nuvens.

(imagem: um pardal)

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