quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O retrato de uma senhora


Enquanto eu estava em Lindóia, vi aparecer na TV o retrato falado de um maníaco que teria molestado crianças nalguma mata na periferia de São Paulo. E fiquei em dúvida se eu conseguiria descrever tão bem alguns rostos que vi, em outros tempos.

Uma ocasião em especial me vem à memória, com um rosto em destaque. E, pensando bem, a minha descrição desse rosto não seria fiel: o que eu vi nesse caso – e vejo ainda, às vezes – é muito mais que um rosto, muito mais que uma pessoa. O que eu vi, e me lembro bem, é mais do que uma imagem, é um ideal, e não tem tradução visual... O que eu vi, em uma face alheia, acho que não existe a não ser nos meus olhos e, especialmente, nos meus sonhos.

O que eu vi? Talvez a face de um raio de luz, nos olhos de uma moça.

(imagem: um olho, espero que não tão defeituoso como os meus)

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