quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Por enquanto


Abrindo uma caixa atrás da outra, encontrei uma antiga lata de metal, que veio com uma coleção de discos do Legião Urbana, ainda com a etiqueta de preço da Mesbla.

Dentre as muitas dessa coleção, gosto mais de uma música, “Metal contra as nuvens”, em que uma frase diz “sou metal, raio relâmpago e trovão, sou metal, sou o ouro em seu brasão, sou metal, me sabe o fogo do dragão”... Não, metal eu não sou, nem relâmpago ou trovão, tampouco dragão ou fogo. Porém, acho que contra as nuvens eu sou, só que muito mais leve que elas, talvez algo como o sol vindo em feixes por entre a neblina da manhã.

É isso, sim: quase não existo, e só existo por uns instantes, como hoje, quando dói saber e ver a beleza que quase não acredito existir... “Tudo passa, tudo passará”, me repete a música, e “teremos histórias bonitas para contar”. Não, não teremos: eu terei as minhas estórias, a maioria delas só imaginada, e o resto fica por conta do vento.

(imagem: o sol através das nuvens, da Wikipedia, como sempre)

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