sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu sou trezentos


Não, eu não sou Mário de Andrade para poder dizer
"Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh Pireneus! Ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!"
No entanto, se de poesia, dos Pireneus e caiçaras, dos deuses e do Piauí pouco sei, sei que tenho sensações que não morrem sem antes buscar outras, gerações após gerações de emoções renascidas...

Não sou trezentos, sou um, ou menos, e menos a cada dia, o que é um infinito tormento: mesmo pequeno continuo capaz de amar, e por isso sofro um pouco mais a cada momento.

(imagem: um pôr-do-sol, com sua miríade de cores cambiantes)

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